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Palavra do Provincial
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Um Coração Novo Para um Mundo Novo

13336033_10208227922069031_1409979016956710289_n“Dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o vosso coração de pedra, e vos darei um coração de carne.” (Ez 36, 26)

A Igreja dedica o mês de junho ao Sagrado Coração de Jesus, cujo culto litúrgico teve início no século XVII, com São João Eudes († 1680) e Santa Margarida Maria Alacoque († 1690), embora a devoção remonte aos séculos XIII e XIV, recebendo a primeira aprovação pontifícia um século mais tarde.

Uma canção dedicada ao Sagrado Coração diz: “Um coração novo para um mundo novo.” Que novidade traz o Coração de Cristo, que é capaz de revolucionar o mundo e fazê-lo novo?

A primeira novidade é a encarnação do Verbo. Deus se fez humano e tem um Coração semelhante ao nosso; pulsa como o nosso, conserva e manifesta sentimentos (Fl 2,5). Um Deus totalmente humano é capaz de nos compreender e sempre nos acolher, inclusive quando pecamos, “não se cansando de nos perdoar e de oferecer misericórdia” (papa Francisco).

Quando descobrimos Deus com um coração humano, conseguimos eliminar da nossa vida a solidão, a tristeza e o cansaço, porque vamos a ele sem medo, atendendo o seu convite: “vinde a mim… e eu vos aliviarei” (Mt 11, 28-30). O que concluímos: realmente “o amor está mais em dar do que em receber; e Deus comunica esse amor” (papa Francisco).

A segunda novidade é a solidariedade de Deus para conosco. As imagens do Sagrado Coração, costumam ilustrar bem o Coração compassivo de Deus; um Coração de carne, lançado para fora do peito, impulsionando o nosso agir… (2 Cor 5,14).  Um Coração que vai ao encontro da ovelha que se desgarrou; que cura os enfermos, ressuscita os mortos, se assenta junto aos pecadores, lava os pés dos discípulos, se entrega como alimento na Eucaristia… “Um amor que se manifesta, sobretudo nas obras, sempre dando vida e fazendo crescer” (papa Francisco).

Para São Paulo da Cruz, um mundo novo só é possível a partir da “Memória da Paixão”, onde o amor de Deus por nós não é esquecido, senão experienciado e testemunhado. Mas, para isso, é preciso que não afastemos o olhar do Coração aberto de Cristo Crucificado, pois nesta escola aprenderemos a viver cada dia a novidade da salvação: na acolhida de cada pessoa, com seus dons e suas contradições; criando vínculos de comunidade, de onde brota a fraternidade universal; mantendo a alegria e o entusiasmo, que dinamizam a evangelização; conservando a esperança, para vencer os desafios e provações; construindo a justiça e a paz.

O coração humano sintonizado com o Coração Crucificado consegue resistir às seduções do prazer, do poder e da competividade. Investe em ações corretivas, buscando erradicar as atitudes que tornam o mundo inabitável e abraça ações preventivas, visando estruturas sociais justas e comprometidas com os valores humanos e com a vida do planeta.

Como cristãos, acreditamos que a humanidade será nova, quando tomar consciência de que “onde não consegue chegar a razão dos filósofos, nem a intervenção dos políticos, consegue fazê-lo a força da fé, que a graça do Evangelho de Cristo nos traz e que aponta sempre novos caminhos” (papa Francisco).

Sejamos cristãos sempre novos, decididos a arrancar cotidianamente as pedras, que por ventura surgirem em nosso coração, em vista do Coração de carne, que Cristo nos oferece.

Pe. Amilton Manoel da Silva, CP

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Escrito por Província do Calvário

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